Não sei bem o que sinto, os meus sentimentos cruzam-se na minha cabeça, andam à velocidade da luz de um lado para o outro e perturbam a minha alma. Não estou em mim, o meu corpo petrificado ainda não consegue acreditar, meu coração aperta-se e corrói-se na nova realidade, a minha garganta faz-se num nó, os meus olhos cerram-se lentamente e libertam gotas salgadas que reflectem a tua face, o teu corpo, que escorregam com um passado mais que nosso. E nisso o meu cérebro retrocede no tempo, procura um dos momentos mais bem guardados na minha memória. Agarro-te a mão, encostas-te a mim como se eu fosse o teu protector, envolves os teus braços no meu corpo e dizes que me amas.
Perdi-me, em mim mesmo, no mundo.