27/04/11


À noite, quando chego a casa e não te tenho ao meu lado, meu pensamento voa, procurando-te em cada esquina, em cada beco, voa desesperado e desnorteado só para ver o teu rosto novamente, só para se sentir seguro e novamente 'em casa' com a tua imagem. Sento no parapeito da janela, gelado pela noite que parece mais sombria a cada minuto que passa, e converso com a lua, na esperança de que estejas do outro lado da cidade ouvindo cada palavra que implora pela tua presença, pelo teu corpo, e por todo o teu tu de quem eu já não consigo abdicar, e quero mais mais e mais, um desejo que se aprofunda na minha carne a cada momento nosso que passa a fazer parte da minha memória, assim como a imagem de cada gesto teu, das tuas mãos, dos teus olhos brilhantes que me conseguem arrepiar mesmo depois de serem tão olhados pelos meus. É inexplicável e completamente assustador, porque quer queiras quer não, tens-me nas tuas mãos.
amo-te.